domingo, 22 de novembro de 2015

Rosa.



Me lembro da primeira vez que a vi.
você se lembra dessas coisas, porque se tornam impossíveis de esquecer.
eu tentei esquecer eu juro, fiz de tudo, mas como eu disse é impossível.
ando pela rua e vejo a rosa que me lembra ela.
delicada sim, doce como ninguém, bela como sempre e resistente como toda flor.
menina, mulher, transcende todos os adjetivos conhecidos em minha linguagem.

Quando uma flor floresce, nada é mais importante do que o contato dela com o solo.
tirá-la do solo seria matá-la, seria o ato mais egoísta existente nesse mundo
eis então a rosa, aquela que de longe aprecio, que queria tanto ter comigo, mas
não posso tirá-la de onde ela estiver, quanto egoísmo seria de minha parte.

Eu sei que ela está bem, e isso me causa um conforto diante esta distância dolorosa.
eu sei que ela está bem, e isso me causa um forte motivo para continuar bem
posso viver assim, enquanto vejo a rosa florescer, e isso já me basta
sim, isso já me basta.

Seria tolice dizer que a quero
seria mais justo dizer que espero, um dia quem sabe
uma mensagem daquela rosa, que muitas vezes se esquece de mim
mas eu assim mesmo espero, porque a rosa é tão especial
especial que supera meu orgulho
que silencia meu barulho.

Eu cresço vigoroso em meu solo, observo a rosa em alguns instantes
eu supero o vento e frio, supero-me. observo a rosa
eu sei que esse tempo é o tempo de mudanças e eu observo a rosa
eu me torno melhor e quanto melhor eu me torno eu observo a rosa
a beleza que em mim existe reflete aquilo que reconheço na rosa
e então eu me amo porque amo a rosa
eu sou a própria rosa

Ja que li por um tempo entre as constelações que viveria eternamente
eternamente viverei entre as constelações por um tempo já que li
você não entende o amor se não consegue enxergá-lo em tudo ao seu redor
foi isso o que a constelação me disse, e dito isso, fez-se a ideia
a ideia superou meus medos e suavizou entre minhas próprias células
amor esse que me fez perceber que a rosa, era como eu, e que se fosse feliz
então seria a minha felicidade.

Rosa querida, cresça cada vez mais. rosa querida seja feliz cada vez mais
rosa querida te vi em todos os lugares
pois todos os lugares eram o próprio amor
e o amor a própria rosa.

Rosa querida
obrigado por existir.

Por: Miguel Fontinelli

terça-feira, 3 de novembro de 2015

O silêncio da paixão


No silêncio do meu caminhar tenho ideias, não são fáceis de transferi-las para a realidade, mas quando colocamos componentes que nos inspiram é preciso calcular e imaginar quais seriam as repercussões na realidade fora de nossas mentes.Desde escrever um simples texto como  escrevo neste momento ou elaborar músicas,abrir um negócio ou até mesma aquelas ideias criativas que invento para conquistar aquela moça.Meu silêncio faz barulhos,como engrenagens de motores de uma fábrica, que produzem cada dia mais, um peão pulando! duas casas para dominar o centro do tabuleiro,abro! a ala da dama, subo! o bispo, posiciono a rainha e lanço! um "cheque-mate", crio argumentos para defender minhas criações,Pronto! Venci! Seria tão bom se aplicado na realidade.É tão bom estar liberto dessas regras morais e éticas da realidade, mas essas liberdades existem apenas na minha mente, não posso prática-las aqui fora, as minhas emoções de tristeza,dor e vingança me motivam a entender suas próprias existências. Por que as  sinto? Por que existem?.Então percebo que toda essa ciência humana exalada no meu interior,não podem ser respondidas pelo "Por Que?"e sim pelo "Como?".Como cheguei nessas emoções e o que as causaram tudo isso?Essa metodologia de questionamento me inspira a querer entender o mundo.No meu silêncio e amargura tento achar padronizações no comportamento humano, comportamento que para os antigos gregos visto como virtude,porém para os doutores biólogos os animais que consideramos inferiores, são tão virtuosos como nós.A razão é almejada por tantos porém seu aspecto físico não é belo, as emoções são rejeitadas por todos mas são tão belas, porém a mais estratégica e astuta de todas as emoções, a minha predileta é a PAIXÃO!

Ela começa lhe seduzir com atenção.
Ela o faz praticar nas noites os amores mais selvagens.
Ela vive em você, faz parte de ti.
Ela procura os corações sadios para depois quebra-los.
Te seduz com beijos e o mais puro carinho e doces toques.
Chupa teus lábios.
Te abraça com força.
Assim que te consome por inteiro, ela te deixa.
Levando parte de sua alma.
E destrói as bases que sustentam tua razão.
A única coisa que ela não leva, são suas lágrimas.

Por: Bobby Fischer


GUERREIRO DE MARATONA - PARTE 2


Euricrátides em seu aspecto marcial, cita ao desconhecido deus:
__ Pelo seio pálido de Atena, tu profanas contra a Grécia!?
Euricrátides lança um sorriso sarcástico e fala:
__ Bem que estavam certos, é preciso de um deus para derrotar os gregos.(Risos)
__ Esta será sua última batalha contra meu povo e um homem-deus!

Euricrátides, firma sua espada, invoca as tempestades solares ao seu favor, enquanto os soldados se enguiçam nas batalhas, na variação de um longo tempo, lutavam a fio sem parar ,sem se entregarem ao sono por dias, enquanto isso os tubarões orbitavam os corpos de guerreiros no mar gélido do Ageu, do céu vinha o lumes pelas ordenanças de Ares, o choque das duas forças o bem e o mau, céu e mar, no grande duelo entre homens e semideuses, soldados e generais, democracia contra a tirania, cada um com suas próprias maravilhas e temores. A lama têm cheiro e gosto de sangue, a chuva cai.

Saladino com voz de trovão fala:
__ Toda Grécia cairá, seus lares serão incendiados, suas águas doces nos servirão de esgoto, e suas esposas serão nossas, assim se concretiza a vontade do Deus Rei!

Euricrátides:
Vamos ver... — murmurou, numa expectativa ansiosa.
__ Jamais, houve tamanho insulto ao seio de nossa terra.
__ Digo adeus ,a minha terra se for preciso, mas devo cumprir minha promessa, caso eu morra, será em batalha. Lembrem-se por que morremos ó minha pátria! Não quero monumentos nem poesias de guerra. Hoje estou aqui para dar esperança aos meus descendentes dos séculos que irão por vir, meu Rei Leon morreu em batalha, e o tempo mostrou que ele tinha razão , e de um grego livre a outro, tão longe de casa e de suas esposas, deram suas vidas não apenas a Esparta, mas por toda a Grécia. Hoje o inimigo sofrerá horrores de nossas lanças e espadas, em memória do rei espartano. Libertarei um mundo do misticismo e tirania, os valores de nossa democracia serão citadas por futuros sábios e mestres.

Saladino:
__ Tu falas, como humano!
__Estivestes entre eles por todo este tempo, preferes viver no amor ilusório, que se destrói e enfraquece os corações dos próprios homens, nós deuses vivemos de nossa maneira desde os primórdios da terra primitiva, antes dos oceanos e céus se formarem, a partir das lutas dos gigantes titãs perpetuamos nossa glória.

                                            


                                              Amas tua política
                                              Ao preço de morrer?
                                              Perante nós?
                                              Os deuses?

Euricrátides:
__ Eu fui encarregado, para manter nossa democracia uma realidade, se tivéssemos nos submetidos ao seu império despótico, todos os demais reinos haveriam de nos desafiar.
__ AVANTE MEUS IRMÃOS! Façam suas fúrias adentrarem nas mentes e corpos de seus inimigos!
__ O sangue derramado, os louvores dos espartanos terá continuação pelos atenienses nesta guerra, do qual bravura e glória, eternamente brilham.

Euricrátides corre em direção do seu inimigo, banhado de sangue dos já feridos e mortos com sua arma adquirida da divindade. Saladino dispara com seus braços ,ventos que talham até o mais forte escudo forjado com ferro e cobre, porém ele corre em direção ao deus, corre, com a mais pura concentração ao que fazer, a
s flechas de ar partiam rapidamente , passando como raios prateados próximo a cabeça do grego, no entanto ele é astuto e rápido demais e consegue desviar dos cortes, um raio dispara de sua espada, por seguinte lança a própria contra Saladino, mais rápido que a luz rompendo a armadura de ouro reluzente, baixando suas defesas e encravando-se na cabeça do deus, e logo todos os cavalos entravam no campo aberto, que mediava entre um rochedo a outro.
A glória do guerreiro da batalha de maratona!
Parecia terminada a batalha, enfim, Euricrátides levantou sua cabeça ao horizonte do oceano, e viu barcos e navios de guerra persas, cobrindo o mar com madeiras, canhões e soldados. Dias terríveis como a Grécia jamais viu, desde a morte do Rei Leon, a realidade dos deuses está na garra de um combate feroz, já no fim do sexto dia de terríveis confrontos, o mais novo general ateniense está dando seu melhor para comandar seu exército contra os estrangeiros espalhados no antigo território de paz, seu coração está pesado de preocupações sobre o que mais está por vir no combate contra uma marinha que parecia nunca acabar, parece que todos os reinos asiáticos estão se aproveitando dos tempos difíceis do Governo de Atenas para os atacarem!
Ao avistar o lado ocidental do mar, outra marinha aparece para o confronto.
Homens vigorosos com aparências físicas definidas: Fortes e altos, encharcados pelo suor do aço e da ira, seus músculos volumosos contraiam ao velejar os barcos, porém tempestuosos e ao mesmo tempo radiantes gritos de guerra entoavam pelo mar de águas negras de sangue, canções de guerra recitadas de forma fervorosa, para algo que estaria por vir. Uma mulher parecia estar no comando.
     Demóstenes subcomandante do exército ateniense, fala:
___ São os espartanos, meu general! E a rainha Gorgan, esposa de Leon está no comando!


CONTINUA...

Por: Bobby Fischer